lunes, 31 de mayo de 2010

Contenção


CONTENÇÃO
Se o amor for espartilho,
que segure firme o corpo
e acolha a alma que há por dentro

Se espartilho for um par,
que se ajuste à cintura num encaixe perfeito

Se for a paixão um espartilho,
que modele os sentimentos
e lhes dê alguma forma ou razão

Se o tesão for espartilho,
que desabotoe, afrouxe tudo, solte-se em fetiche louco

Se espartilho for elegância,
que mantenha na moda a silhueta renascentista da frança

Se a paciência for espartilho
que seja maleável como um hímen
e complacente

Se decência for espartilho
que não canse, não relaxe, não seduza,
não se venda

Se espartilho for castigo
que exorcize com força dobrada e torturante
os íntimos pecados

Se espartilho for o fim de tudo,
que se abra sozinho
e caia sem medo

do chão
do céu
do nada

que aterrisse num leve pouso

sereno
como avião de papel

e liberte
o último suspiro
sem aperto

Poema de Tatiana Druck, que veio (para minha alegria!), acompanhar o vestido aí de cima.

viernes, 28 de mayo de 2010

martes, 25 de mayo de 2010

lunes, 24 de mayo de 2010

Concentre-se nos seios....

...em Palavras de Osho



Esta técnica é especialmente para mulheres.

Simplesmente relaxe, mova-se para os seios, deixe seus seios tornarem-se todo seu ser. Deixe que o corpo todo seja apenas uma situação para os seios existirem, seu corpo tornou-se secundário, apenas em segundo plano, e os seios são enfatizados.

E você está totalmente relaxada neles, movendo-se neles. Assim sua criatividade irá surgir. A criatividade feminina só surge quando os seios ficam ativos. Funda-se neles e você irá sentir a criatividade surgindo.

Os seios podem se tornar fontes de perfumes bem delicados que não são desse mundo, os quais não podem ser criados quimicamente; sons, sons harmoniosos serão ouvidos; toda a esfera da criatividade pode aparecer em muitas e novas configurações.

Tudo que aconteceu aos grandes pintores e poetas irá acontecer à mulher se ela puder fundir-se nos seios dela. E isso será tão real que irá mudar a personalidade total dela – ela se tornará diferente. E se ela prosseguir com essas visões, aos poucos elas cairão, e chegará o momento quando o nada, a vacuidade, o vazio acontecerá - shunyata acontecerá. Essa shunyata é a mais elevada das meditações.

Osho, em "The Book of Secrets"
Imagem por Emery Co Photo

caminho das estrelas

lunes, 17 de mayo de 2010

jueves, 13 de mayo de 2010

Da coluna Entre os Dedos, publicada na SuperBem

Eu sou AT

Andar pelas ruas sempre foi um mistério a ser desvendado. Quando criança, para as aulas de inglês e música, me levava a passear pela Quintino Bocaiúva, cruzar o que hoje é o Parcão e atravessar a 24 de Outubro. Isso eu fazia com esmero, paciência, educação. Era um trajeto curto, desafiador para os meus nove anos. Não aceitar nada de ninguém era o lema que me guiava, naquela Porto Alegre de ruas sem canteiros no meio, por onde passavam Opalas e Fucas: era só olhar para os dois lados, observar, ganhar a calçada oposta.



Deve vir daí, mas não asseguro, o gosto pelo Acompanhamento Terapêutico. Ser alguém no meio da cidade não é tarefa fácil. É um descobrimento, uma exposição. E, muitas vezes, pode representar uma ameaça à nossa segurança.


Disso sabemos bem, e o AT está aí para enfrentar essas e outras dificuldades. Mas nem tantas. Sim, o trabalho de acompanhar inclui necessariamente o de ser acompanhado. E de aceitar (quase) tudo de alguém.


Aparentemente, prestamos um serviço simples. Estar por duas horas ao lado de uma pessoa que precisa de nosso apoio e dedicação pode ser muito agradável. E é. Você deve estar pensando “bem, isso qualquer um faz”. Exato. Qualquer um. Que queira. Que olhe. Que aceite. Que saiba se emprestar a outra pessoa.


É como um corpo que recebe o espírito. E não é. É como um rio que corre ao lado de outro rio. E também não é. As imagens que descrevo aqui ajudam, mas não definem.


Acompanhar terapeuticamente é um caminho a seguir. Nunca haverá O Resultado. Nunca saberemos quando começou.


É de um momento para o outro, distraidamente, que o Acompanhamento Terapêutico se faz presente: um instante de não estar pre-o-cu-pan-do-se, ques-tio-nan-do-se.


De apenas ser. E criar o momento com toda a honestidade.


(Este o primeiro texto de minha coluna mensal na Newsletter SuperBem, da Clínica Verri: www.superbem.com.br .)

sábado, 8 de mayo de 2010

lunes, 3 de mayo de 2010