viernes, 17 de octubre de 2008

eleição


Porque é muito tarde, elijo não ouvir a música, e porque é muito tarde, justo ela é a música que me martela a cabeça. A árvore dos pensamentos espalha ramas onde lhe vai o tropismo. Onde há espaço. Umidade. Ou uma água parada de chuva que, de tão incessante, cava na terra um nicho e ali faz rio. Aprendi que as plantas exóticas atrapalham a vida das nativas. Interrompem a vida destas, pra falar a verdade. Mas exótico, só a palavra, tem ímã. Então segue o vivente, pondo-se sobre os ombros. A qualquer custo, permanece o vivente. E dá-lhe inventar um acaso, três margaridas espichando no jardim da casa, suco de pêssego, filme na madrugada, cartas, lixa de unha, pontas triplas de cabelo, outra coberta pra cama, desta vez, a xadrez de azul. A pessoa precisa da árvore, cada árvore libera x de oxigênio, é proibido cortar as árvores, te levam preso, escreva um livro, faça um filho, plante uma árvore, cuidado com o que desejas, podes obtenerlo, dois de copas, comunicação, viagem por água, macacos nos galhos, sótãos faxinados, temporal e céu aberto, tudo, porque é tarde é porque é cedo, porque escolho não ouvir aquela música é aquela música que escolho como um martelo, depois o formão, taí. Ôrra, meu.

1 comentario:

Pedro González dijo...

Hola quien seas.
Pasaba por aquí
y me llamó poderosamente
la atención este espacio.
No leo portugues.
Hay afinidades con
el castellano o español.
Visualmente está muy bueno.

Te dejo un saludo y
te visitaré seguido.

Hasta pronto